domingo, 28 de março de 2010

Poema

Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
 
Pablo Neruda 

Amor, amada, Karine... para muitos este pode parecer um poema... estranho, mas para nós possui um significado muito mais profundo... que a noite, mais profundo que o mais fundo poço ou o fundo do mar.... te amo 

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